5 coisas que eu aprendi lendo Bukowski

5 coisas que eu aprendi lendo Bukowski

De todas as influências que eu tive no mundo da literatura, acredito que a maior delas foi Charles Bukowski. Muitas vezes controverso e polêmico, esse autor trata de temas e personagens marginais como prostitutas, sexo, bebidas e apostas com a maior naturalidade e simplicidade do mundo.

A maneira simples que Bukowski escreve, aliada aos assuntos tratados de maneira extremamente crua, tornam suas leituras leves e divertidas. Ainda tenho como meta ler todos os livros dele, uma jornada que será sem dúvida alguma prazerosa, com todas as formas que essa palavra possa me servir.

1 -Tudo bem ser você mesmo

A coisa mais encantadora que eu vejo no alter ego de Bukowski, Henry Chinaski, é que ele manda uma mensagem clara e poderosa para o mundo: “Eu sou  isso mesmo que você está vendo, com todos esses defeitos, sinta-se livre para gostar de mim ou não”.

Ler vários livros do meu querido velho safado, me deixou mais confortável comigo mesmo. Todos temos uma série defeitos e qualidades, e pior do que ter defeitos, é fingir que eles não estão presentes.

2 – Tudo bem desistir

Como citado por Mark Manson em seu best-seller “A Sutil Arte de Ligar o Foda-se”, Charles Bukowski não venceu na vida por seguir o sonho americano e nunca ter desistido, mas exatamente pelo contrário. Bukowski simplesmente desistiu ao ponto que qualquer coisa que viesse seria lucro, foi assim que ele deixou  os correios para escrever, correndo o risco de morrer de fome.

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Sempre que vejo sua lápide com a celebre frase “Nem tente” eu me sinto motivado. Mas não motivado a nunca desistir, mas motivado a aceitar o que eu conseguir tirar da vida sem enlouquecer durante o processo. Curiosamente as coisas parecem funcionar melhor quando não nos importamos com elas.

3 – Faça tudo da maneira mais simples possível

Talvez o que mais me atraiu quando comecei a  ler Mulheres ou Factotum foi a simplicidade não só na escrita, mas também na maneira como o personagem leva  sua vida. Henry Chinaski vive tranquilamente independente do que aconteça, e isso é encantador se considerarmos a quantidades de merdas que Henry faz e a quantidade de merdas que a vida faz com ele.

Vejo em Bukowski uma grande oportunidade para introduzir pessoas adultas na leitura, já que muitas delas foram afastadas da leitura exatamente pela dificuldade de leitura de obras mais famosas e tradicionais durante o período escolar. Eu pelo menos acho milhões de vezes mais prazeroso ler quando eu não preciso parar a cada cinco segundos para olhar o significado de uma palavra.

4 – Todos os trabalhos são bons

Tanto em Factotum quanto em Cartas na Rua algo fica bastante claro: “Todos os trabalhos são igualmente bons, para o patrão pelo menos”. Isso é algo que todos nós podemos nos identificar, por melhor que seja o seu trabalho e por mais que você goste dele, se você trabalha em uma empresa privada, você está acordando todos os dias de manhã e indo deixar outra pessoa rica, e ainda por cima tendo que ser grato pela oportunidade.

Talvez esse seja um dos principais motivos de eu insistir em um blog literário mesmo com um crescimento tão lento e nada confiável. Pense bem, existem milhares  de blogs fazendo resenhas e listas de livros pela internet, como eu posso esperar prender você por aqui com textos tão pessoais e nada técnicos?

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Felizmente eu não vou desistir disso até esse blog começar a me pagar em dólares o meu trabalho. (provavelmente o dólar já vai ter ultrapassado 5 reais quando você ler isso)

5 – Cuidado com bebidas, mulheres e jogos de azar 

99% das dores de cabeça e confusões que eu já me envolvi  na minha  vida começaram com uma dessas coisas, ou uma combinação delas. Óbvio  que estou sendo irônico aqui, já que Henry Chinaski estava sempre envolvido com uma ou mais mulheres,  bêbado e apostando em corridas de cavalo.

A deixa aqui é, viva independente de todas essas coisas, a felicidade não está em relacionamentos necessariamente (mas pode estar), nem em beber até perder a noção do mundo (apesar de isso ser divertido às vezes) muito menos em jogos,  ou talvez  esteja, quem sabe. Apenas viva sua vida da maneira que fizer sentido para você e seja feliz.

Nem tente

Seguindo a mensagem deixada na lápide de Charles Bukowski, eu decidi nem tentar te convencer a deixar um comentário ou compartilhar a publicação, faça o que você bem entender, afinal, você é livre. Ou ao menos devia ser…

Carinhosamente
Marcos Mariano

Marcos Mariano
Marcos Mariano

Tenho 30 anos e sou apaixonado por jogos, animes, tecnologia, criptomoedas e literatura. Atualmente estudo Marketing Estratégico Digital e mato meu tempo escrevendo qualquer coisa que passe pela minha cabeça.

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